A Maldição do Motel Palmar


Prólogo: Continuação

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Tempos e tempos passaram, não havia sinal nenhum de um autocarro, desta forma ter levantado cedo não teria valido de nada para Mila, mas a situação não podia ser tão cruel para ela, por conta disso um autocarro apareceu e foi aumentando de tamanho aos olhos dela. Estava quase vazio, duas talvez cinco pessoas mas depois de um gesto de freio acelerou novamente, bem na frente dela como se não tivesse um passageiro a espera naquele ponto. -Mas porque? Indagou-se ela! Era simples autocarros não costumavam levar passageiros da zona daquela zona de Mambone pois julga-se que estes são feiticeiros de primeira e outros nem sequer eram pessoas, se tratava de fantasmas.

Havia relatos de que certa vez um Motorista teria levado cinco passageiros naquela zona, estes durante a viajem mantiveram-se fazendo muito barulho e fumando dentro autocarro, vendo este gesto o cobrador de bilhetes reclamou e num piscar de olhos, o carro que só tinha cinco passageiros ficou totalmente preenchido por indivíduos que apresentavam roupas e características faciais iguais.



Numa primeira fase o cobrador não se precipitou, pensou que fosse efeito da aguardente entornada durante a viajem, sabe-se muito bem os efeitos do aguardente, sono, ele estava muito sonolento, dormiu durante horas e só acordou quando chegou a hora de verificar os bilhetes, e para a sua surpresa os passageiros ainda eram iguais, pediu bilhete ao primeiro e este apontou o que estava ao seu lado com o dedo polegar, este fez o mesmo gesto e os outros também até chegar à aquele que estava no fundo da viatura que por sinal era negro diferente dos outros.

Aquela cena era pesada para a mente aguardentada do cobrador, desmaiou! Os passageiros, alias fantasmas começaram a rir alto e num tom de terror tanto que chamaram a atenção do homem do volante que ao virar viu uma cena de vandalismo, estavam a destruir o carro e saindo pelas janelas do autocarro, pela distracção e medo o automobilista saiu da rota e percebendo-se voltou os olhos ao pára-brisas e viu-se entrando numa cova enorme e não viu mais nada. No dia seguinte o sinistro apareceu nas manchetes dos jornais com o título “álcool causa acidente de viação”.  


Mila com os pés impacientes, sentado à berma da estrada e num gesto de quem dorme sobre os joelhos, escuta o som de uma viatura travando, levantou os olhos, era um caminhão enorme que transportava madeira. Ouviu então uma voz chamando por alguém sem nome, aproximou-se à porta esquerda da máquina, viu um homem enorme fumando um cigarro e segurando as rédias da viatura:  

- Vai aonde minina!

-Vou para Maputo, meu pai!_ respondeu Mila com uma voz esperançosa.

-Vamos minha filha, estou levando este carregamento de madeira para o porto de Maputo, entra.

Mila entrou no caminhão e se sentou!

- Senhor, eu só tenho estas moedas_ falou Mila estendendo a mão num gesto de quem mostra a palma.

- Pode relaxar minha filha eu não preciso do teu dinheiro, alem do mais você fazer companhia para eu não drumir na viagi!

-Muito obrigado senhor!

Carregado de madeira do nosso Ngorongosa ou Deus sabe lá onde, a máquina enorme de viagem seguiu em direcção ao sul de Moçambique para tomar outro rumo e Mila também.

Continua…

Alguém já viu um camionista que não seja safado?  

Não perca a próxima parte!


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Abraços!
Autor: Benozório Martins
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