Analise de Ualalapi de Ungulani Ba Ka Khosa


Análise de “Damboia” in Ualalapi de Ungulani Ba Ka Khosa
Analise de Ualalapi de Ungulani Ba Ka Khosa


1.      Enredo

Damboia era a irmã mais nova de Muzila que morreu de hemorragias contínuas que nunca paravam (menstruação). Ainda em vida ela morava em sua casa que ficava metros a uns metros da casa do imperador de Gaza (seu parente), este que havia mandado guardas para evitar que visitassem a casa dela convidados pelo cheiro nauseabundo provocado pelo sangue da menstruação. Isto calhou num período em que devia se realizar uma cerimonia anual denominada Nkuaia (ver curiosidades mais abaixo), este não foi realizado apesar de se estar num ano que era expressamente necessário poi Damboia, uma mulher da corte estava acometida por uma doença estranha. Na verdade ninguém sabia ao certo que teria matado Damboia pois existiam muitas versões, uma delas é a contada por Malule, guarda da sua casa que para este Damboa teria morrido por ser  uma mulher de má conduta e que se relacionava com homens alheios, outra versão contada por Ciliane sua serva, que relata que ela era uma megera e crapulosa mulher da corte de Ngungunhane, que teria matado muitos homens por terem se recusado de ter um caso amoroso com ela

2.      Narrador

O narrador desta diegese é heterodiegético e omnisciente

3.      Personagens

a)      Damboia: Personagem Principal: Mulher da corte, porém não muito respeitada devido à sua conduta.

b)      Misiui: Personagem aludida, que também sofreu de doença semelhante a de Damboia

c)      Maguiguane: Personagem aludida, guerreiro forte do império  

d)     Malule: Guarda da casa da Damboia: Portador de uma das versões da morte de Damboia

e)      Tinomba : personagem secundaria: Chefe da aldeia;

f)        Ciliane: Serva da casa da Damboia; portadora de uma versão da morte de Damboia;

g)      Mosheshe: personagem aludida: Um dos homens mortos por Damboia;



4.       Tempo

O tempo da diegese nos remete aos finais do século XIX onde se nota o fim do império de Gaza.

5.      Espaço

A narrativa quanto ao espaço remete-nos à região que actualmente chamamos de Gaza mas que na altura era conhecido por Império de Mandhlakazi.

6.      Curiosidades e referências

Nkuaia:” Ritual anual e sagrado em que os súbditos, provenientes de todos os cantos do Império, à corte se dirigiam, cantando e ofertando iguarias e outras coisas diversas ao soberano dos soberanos que tudo aceitava, no meio de cânticos de louvor ao imperador que no dia ultimo do mês se dirigia lhambelo, nomeação de lugar sagrado, nu e acompanhado, para rituais que culminam com matança de gado e de dois jovens de ambos os sexos, que  entrariam no prato magico que revigoraria o império e lhes daria forças para a bebedeira que se seguia ao untento da manha seguinte onde tudo se discutia com o protocolo e a moderação na linguagem como nos actuais parlamentos e assembleias”.

Misiui foi uma mulher que sofreu de um problema similar ao de Damboia, “ela perdera leite pelos seios durante anos sem fim, enchendo baris e levando gente de aldeias distantes e dos pântanos impenetráveis a visitarem na com a curiosidade.”

No Império de Gaza podiam aparecer cadáveres de outros tempos esquecidos para chamar atenção deles por serem um povo que nada respeitava, e que murmurava tudo o que ouvia e o que não ouvia.

Damboia era tão poderosa e fogosa que no dia seguinte da sua morte, os cinco homens mais fortes da zona acordaram impotentes para toda a vida.

“Ngungunhane andava de um lado para o outro, afirmando que o império andava tudo bem e que havia grandes progressos” __ esta atitude lembra os actuais governantes que mesmo que o país esteja em situações de regresso aparecem na TV dizendo que esta tudo bem e progredindo!

a)      Frases memoráveis

“Para onde vai o fumo, vai o fogo”  

“Nunca hás-de encontrar a agua raspando uma pedra”

b)      Abusos na Linguagem

“Era uma beleza indestrutível, serena. Creio que a morte já havia entrado naquele corpo esbelto.”

“Outras incapazes de suportar aquele cheiro, largaram as armas e meteram-se nas floresta adentro à procura da morte”

“O sangue escorreu dela ao rio, tingiu-o de vermelho e matou os peixes que os ngunis não comiam”.


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Abraços!

Autor: Benozório Martins
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