Nas Ruas Da vida- capitulo IV

A luz no fim do túnel


Sem delongas, a Caridade leva-me para um gabinete no final do corredor, claro e escuro, prateado e dourando onde imaginei estar um homem branco, barrigudo de barba nojenta, pegando um charuto cubano castanho!, para minha surpresa eu estava enganada, quando a caridade empurrou a porta, vi um homem branco, parecia o homem que foi expulso da Arábia por excesso de beleza,  jovem, bonito, olhos claros, cabelos organizados, totalmente diferente daquilo que eu tinha imaginado a única semelhança é que ele empunhava também um charuto cubano.
Convidou a nos aconchegar na sua luxuosa sala, que nem parecia escritório de uma casa de má vida. Ao entrar notei ele olhando fixamente as minhas curvas de Beyoncé, olhos de Ariana Grande e vi que discretamente ele admirava intimamente a tonalidade negra da minha pele e do meu cabelo crespo.
-está aqui ela senhor!__falou a Caridade com um tom de respeito.
-Quem será ela Caridade?__pergutou o Homem olhando para mim como se fosse um ser extraterrestre.
-É minha amiga que quer trabalhar para o senhor!
-E como você se chama moça?__perguntou o homem com um tom diferente e igualmente suave que a Caridade estranhou.
-Sou Shany senhor!
-Estás contractada, começa amanha! Tenho um trabalho especial amanhã a tarde em casa, a Caridade dará-te o endereço, amanhã as duas da tarde, vê se não te atrasas!
-Está bem senhor!
Saímos da sala, Caridade achou estranho que o chefe tenha me convidado para trabalhar em casa dele logo no primeiro dia, e eu estava cheia de medo, o que aquele branco, cara de riquinho queria fazer comigo em casa dele.
Voltamos a casa da Caridade, dormi como se fosse para dormir ou morrer, mas acordei cedo, ajudei a caridade com os trabalhos de casa, o tempo marcado para o meu primeiro dia de trabalho ia aproximando-se e eu me preparei, Caridade deu me o endereço e fui até ele. Mal chego no quarteirão dou me conta de que estou no condomínio mais luxuoso da cidade. Andei até a casa nr. 15, e toquei a campainha, não demorou e a porta foi aberta pela cozinheira, que logo me falou que o senhor estava me esperando na Biblioteca.
A moça foi me encaminhando até a biblioteca, enquanto isso o medo me possuía totalmente, meu coração batia tanto que quase saia pela boca!
A cozinheira abriu a porta da biblioteca e vi o “mulungo” sentado na cadeira de boss, pegando um copo de Whisky caro e noutra um Charuto cubano. Entrei e ele pediu me para sentar e mandou a cozinheira se retirar.
-Muito pontual! Gostei da atitude!__falou o homem!
-A pontualidade é uma virtude senhor_falei olhando para o chão brilhante, como sinal de respeito.
-Wau! Por essas palavras, e pela clareza nos teus olhos deu para perceber que você é uma boa moça, o que fez te chegar a esse ponto!?
Numa primeira fase senti-me acanhada, mas depois fui me sentindo a vontade e comecei a contar tudo!
O homem ficou admirado por tantos eventos maus terem me acontecido em pouco período de tempo. Ficou tão admirado que quando relaxou lembrou-se de que ainda não tinha dito me o seu nome.
-Desculpa moça qual é o teu nome mesmo? O meu é Salvador, como Jesus Cristo.
-Eu sou Shanisseka, mas pode chamar-me de Shanny senhor.
-Oky Shanny, você é uma moça muito linda e humilde para não falar ingénua, eu não posso deixar você trabalhar na Cúpula do prazer, primeiro porque você é menor de idade ainda, a partir de hoje você é minha secretária e irá cuidar da minha relação entre a casa e os negócios, qualquer dúvida, fale com a governanta, eu não tenho família, perdi todos devido a minha relação com a Máfia, e estou sendo processado por tráfico, porte e consumo de drogas.
Naquele momento eu senti me tão aliviada e contente que talvez por síndrome de heroísmo ou não eu já começava a gostar daquele homem!
Que será que irá acontecer?
Que intenções o homem tem para com a Shanny? E se ela corresponder será que vai aguentar a tantos problemas?

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Não perca a resposta no próxima episódio.
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Passe bem!



Por Benozório Martins.
Desculpa a demora tive uma semana cheia!