Resumo da obra Niketche de Paulina Chiziane

Nota introdutória

Niketche, Uma história de poligamia, trata-se de uma obra da escritora moçambicana Paulina Chiziane publicada em 2002. O título é referente a uma dança praticada na zona norte de Moçambique. A obra tem como principal a poligamia, contando a história de um homem polígamo e o sofrimento da sua mulher, que era submissa e obrigada a aceitar partilhar o seu marido.

Resumo da obra Niketche de Paulina Chiziane em pdf

A narrativa de Niketche inicia-se com Rami, a personagem principal aflita pela ausência do Marido por qual ela é dependente, financeiramente assim como no afecto.

O marido a castiga e a deixa angustiada, sobretudo por causa dos cinco filhos. Rami, uma mulher católica/cristã, sofre com a ausência do marido o que faz com que ela sinta-se desprotegida e a situação só fica pior quando descobre que estava sendo traída pelo marido, Tony, um homem polígamo.

Certa vez Rami decidiu pedir satisfação no marido, uma vez que passava por dificuldades, sobretudo com os filhos que sentiam a falta do pai. Então perguntou ao marido se ele andava lhe traindo, este sem titubear respondeu que andava lhe traindo sim.

Rami indignada perguntou se ele sabia que traição era crime. Tony pôs-se a rir, e disse que traição era pecado apenas se fossem as mulheres praticar, contudo trair é um direito para o homem.

Rami voltou a perguntar o porquê de desgraçar a vida de muitas mulheres, abandonando-as com filhos sem pai, e ele respondeu que tudo faz parte da vaidade do homem e que ele não era o único, muitos homens praticavam o mesmo acto.

“Não me culpes Rami não sou culpado, não fui eu quem inventou a poligamia, ou seja, o mundo e as suas tradições. Muito antes de tu existires e de eu nascer os homens já eram assim”. Dizia ele.

Foi ai que Rami retrucou dizendo que tinha inveja das mulheres estéreis, cujo ventre quebrou o ciclo do sofrimento, nunca se faz uma mulher para chorar e nem um homem para fazer chorar.

Após isso Tony retira-se e já na floresta vê a Salua, e ele não quis perder a oportunidade de a conhecer melhor, ele a chama e pergunta lhe o nome.

-Menina como te chamas?

-Salua .

-Esse nome e’ bonito e ti fica bem! Donde vês.

-Do Niassa, sou Nyanja.

- Ah vê da terra do peixe bom, o queres tu?

- Ser tua esposa.

- És ainda criança

- Tenho 18 anos donzelei aos 15 anos sei lavar a roupa e lavar loiça, não sei cozinhar mas posso aprender.

- Aprendi como se faz amor nos ritos de iniciação.

- Tony encanta-se com a beleza da menina e aceita ser esposo dela.   

Rami, casada há 20 anos com Tony, jovem bem sucedido idolatrado pela esposa e pelas amantes, alto funcionário da policia, de quem tem vários filhos, descobre que o partilha com varias mulheres, com as quais constitui outras famílias. Numa decisão estranha, ela persegue “as outras”, que estavam espalhadas pelo país, desde Maputo, Inhambane, na Zambézia, em Nampula e em Cabo Delgado. Invade a casa da Julieta, mulher que tinha vários filhos com Tony.

Nesse tempo a Salua já não era a mais amada de todas esta tinha virado a mais rejeitada e inconformada havia decidido deixar o Tony.

Este volta para casa da Rami mulher mais velha de todas.

- Rami!

- Diz meu Tony.

- Hoje queria te dizer coisas que não te dizemos a anos, como por exemplo amo-te.

- Olha, brincaste comigo e de ti não quero mas ouvir falar.

- Foi assim que Tony foi a procura das restantes esposas, mais estas já tinham se casado com outros homens a única mulher que depois de um tempo voltou para ele foi a rami.

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