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Nas Ruas Da vida- capitulo IV

A luz no fim do túnel Sem delongas, a Caridade leva-me para um gabinete no final do corredor, claro e escuro, prateado e dourando onde imaginei estar um homem branco, barrigudo de barba nojenta, pegando um charuto cubano castanho!, para minha surpresa eu estava enganada, quando a caridade empurrou a porta, vi um homem branco, parecia o homem que foi expulso da Arábia por excesso de beleza,  jovem, bonito, olhos claros, cabelos organizados, totalmente diferente daquilo que eu tinha imaginado a única semelhança é que ele empunhava também um charuto cubano. Convidou a nos aconchegar na sua luxuosa sala, que nem parecia escritório de uma casa de má vida. Ao entrar notei ele olhando fixamente as minhas curvas de Beyoncé, olhos de Ariana Grande e vi que discretamente ele admirava intimamente a tonalidade negra da minha pele e do meu cabelo crespo. -está aqui ela senhor!__falou a Caridade com um tom de respeito. -Quem será ela Caridade?__pergutou o Homem olhando para mim como se fosse u...

Nas ruas da vida- Capitulo III

Sofrimento Tomás, vendo uma pistola ficou com tanto medo, que saiu da casa correndo, deixando-me na casa com aquele sujeito tomado por “mbangui”, o homem parecia mais forte que noutros dias, aproximou-se de mim com um olhar maligno, dizia que assim que minha mãe tinha morrido eu era a mulher dele e que eu pertencia-o e por isso ia tomar-me naquela mesma noite. Presenciando essa cena, comecei a chorar, tentei ir até a porta mas ele pegou-me, gritei até não ter mais forças, mas parecia muda pois os vizinhos no me ouviam. Sem forças e contra minha vontade, ele tomou me como mulher, saciando sua fome masculina e deixando me vazia e cheia de ira por dentro. Minutos depois de desmaiada, acordo e vejo meu bonito vestido de rendas rasgado como se tivesse sido atacada por um leão, dai dou-me conta do que teria acontecido ali, um homem rude e nojento, teria roubado minha inocência tendo apenas 16 anos! Acordei e chorando fui me lavar, sentia me tão suja, sai do banho, foi quando dei-me conta ...

Nas ruas da vida-capítulo II

A chegada do sofrimento Dias passaram, meu pai tinha morrido, e até mesmo a minha irmã mais nova, a Mila já conseguia notar isso, minha mãe havia enterrado o remanescente do dinheiro da indeminização do meu pai, talvez para que ajudasse no futuro, na minha formação, eu via o sofrimento dela para colocar pão na nossa frente, minha mãe era uma grande guerreira, acordava-me bem cedo para os campos de cultivo. Dois anos passaram-se levando com eles a minha infantilidade, eu já tinha 12 anos, o Tomás 10 e a Mila 8 anos, nesses dois anos fui vendo a força da minha mãe caindo como água num desfiladeiro, minha mãe estava cansada de sofrer, tanto que no povoamento, já chamavam-lhe nomes, foi ai que ela começou a meter-se no alcool. Minha mãe tornara-se uma mulher diferente, tomada pelo alcool, lembro me de ver ela voltar em uma sexta Feira, e na chegada dela, um clima sóbrio sentia-se em casa, Mila chorando, ela derrubando coisas, o bom dela é que não nos agredia, pelo contrario, aconchega...

Nas Ruas da vida- capitulo I

Primeiras impressões/ Morte do pai Olá, meu nome é Shanisseka, nome herdado dos meus ancestrais, eles nunca quiseram me dizer o que ele significava, sendo que o significado não parece muito agradável, talvez por isso muita gente opte chamar-me simplesmente por  Shany. Eu sou da parte rural de uma grande cidade tomada por violências de todos os tipos, com marcas vivas e presentes da presença do colono português que faz se presente através do neocolonialismo e estupro racial que muitos chamam de racismo. Apesar minha casa estar perto do cancro, o doce lar dos meus pais sempre foi saudável, dando um bem estar “premium”, para mim e para meus dois irmãos mais novos, Mila e Tomás, eu nunca percebi porque eles tinham nomes “comuns” e eu não, quando eu me chateava com isso, meu doce pai me acalmava dizendo que eu tinha uma profunda ligação com a terra, pois tinha o nome dos meus antepassados. A comida da minha mãe era muito boa, embora alternasse de “tseke” à “matsavo”, e “mucapata de f...

Moral da História Nerd extrovertido/ você é baixinho!

Logo a prior, o ensinamento que esta história traz para nós é de que “Não gaste o seu tempo procurando o perfeito” pois este, na maioria das vezes ou quase sempre só existe na tua mente, e a busca por ele pode para alem de gastar teu tempo em vão, fazer com que faça coisas que magoem o próximo. Exemplificando, Alfredo esperou muito tempo por uma parceira perfeita, quando encontrou a Nina, que aproximava à perfeição ele falou “a encontrei”, mas ao conhecer a Angelina, que apresentava qualidades diferentes da Nina, mas que também aproximava a perfeição, ficou confuso e chegou a pensar que com as duas poderia estar a namorar a perfeição sem pensar que isso era errado e estava a magoar as moças. Contudo, o que torna a pessoa feliz não é estar com uma pessoa perfeita, mas sim estar com uma pessoa que aceite as diferenças, que te respeite e ame-te acima de tudo, e que te dê espaço para voce se auto-valorizar. Manas e manos se voce tem uma pessoa com as qualidades referidas no paragrafo an...

NERD EXTROVERTIDO- Grande final

Mulher tem força- continuação Naqueles dias, preparava-se um baile a nível escolar e nesse baile cada individuo devia ir acompanhado por alguém do sexo oposto. Alfredo, para que as suas duas “mafrosani” não desconfiassem, disse lhes que iria acompanhado com Watánia, sua prima. As moças já sabiam de tudo e viam que Watánia era só um pretexto para não ser acompanhado por nenhuma das duas. Chegou o noite do baile, Alfredo vestiu -se bonito, combinando as cores com a roupa da Watánia, e juntos foram ao baile. Chegados lá, não passaram cinco minutos até que Alfredo viu duas moças vestidas de preto, muito bonitas, era a Nina e a Angelina, primeiramente ele estranhou a combinação, mas depois achou coincidência. Minutos depois, ele vai ter com a Nina, que para não levantar suspeitos aos olhos da Angelina, optou por leva-la para fora do salão onde a festa ocorria, sem saber que isso fazia parte do plano delas, sem delongas a Angelina seguiu. Chegam lá Alfredo já vem com beijos, Nina não rejeit...

NERD EXTROVERTIDO-Parte VIII

Mulher tem força Alfredo tinha feito a maior besteira de sempre, e somente ele beneficiava-se da situação, a consciência pesava um pouco mas não mais que a vontade de ter as duas moças e todas as suas qualidades, aquilo para ele constituía a perfeição. Nos primeiros dias, ele ainda tinha muita vontade, conseguia muito bem enganar as duas, limpar os vestígios que poderiam fazer ele ser descoberto, mas com o tempo toda a vontade foi diminuindo, pois para além das evidencias para uma de que ele tinha outra, as duas começaram a querer marcar território, ou seja, mostrar para a outra de que “ ele é meu”. Angelina era menos ciumenta, mesmo vendo ele com a Nina não imaginava muita coisa, em contra partida a Nina era mais possessiva e fazia de tudo para mostrar a todos que tinha voltado com o “crush”, e quando via-o com Angelina aquecia como a larva de um vulcão activo, visto que um dia os viu e percebeu-se que ali existia algo a mais do que ela sabia. Nina, desconfiada dos chifres que carre...