A Maldição do Motel Palmar


Prólogo: Continuação
Leia aqui a primeira e a segunda parte do prólogo



Carregado de madeira do nosso Gorrongosa à caminho da Europa, Asia e outras partes do mundo a máquina rugia em direcção à sul de Moçambique, e Mila sentada no banco ao lado do motorista desfrutava do Jazz cuspido pelos altifalantes do veículo. Jazz, outro aspecto africano que foi Americanizado e Europeizado como a nossa madeira vem sendo feita, um género musical único, nascido nas recriações entre chicotes e que até hoje vem ainda chicoteando indivíduos amantes do mesmo com preços astronómicos de ingressos para espectáculos.

Mila sente-se remando numa canoa no alto mar olha para os lados, primeiro para a esquerda depois para a direita, apenas vê as ondas vagando como um tapete sendo sacudido, vira-se então para trás onde sente a presença da terra firme à uns trezentos metros da sua canoa, ficou a observar por uns três minutos, subitamente sente-se sentada remando novamente mas desta vez ela conseguia ver o seu destino, era uma ilha no meio do oceano indico onde com mais aproximação ela pôde ver um velha segurando um pau com o qual apoiava-se para não apanhar com as rasteiras da idade, a velha fazia um sinal de “vem pra cá com a mão”. Dai ela ouve uma voz masculina chamando-a e sente uma mão firme tocando-a o ombro e ai deu-se conta de que estava dentro de um caminhão e havia dormido por longas sete horas de tempo pois já estava escuro, tanto que os faróis do carro estavam ligados e reflectindo num catalogo com a escrita “Motel Palmar…30m”.



Trinta metros passaram e o carro deu uma curva de noventa graus para direita, entrando num sítio que à primeira impressão parecia um posto de abastecimento de combustível, mas que na verdade era mais que isso.

Era um lugar bonito, embora obstruído pelo escuro da noite, logo ao entrar eram notáveis as bombas de combustível, bem em frente à porta que dava acesso à um pequeno mercado, atrás do mercado havia um edifício, onde tinham diversos complexos desde suites, salão e a recepção, atrás deste edifício assim como em volta do sitio havia um campo de palmares e coqueiros daí o nome de Motel Palmar.

O camionista saiu do carro, caminhando em direcção recepção onde ficou por uns trinta minutos conversando com a recepcionista, depois foi até ao carro, onde Mila encontrava-se impaciente e cansada da viagem. Ele trazia em suas mãos um lanche, convidou Mila para que saísse do carro e desse uma caminhada com ele, Mila não achou nada demais, aceitou não só dar uma caminhada mas também o lanche que lhe era oferecido.


No escuro da noite prateado pelo luar, caminhavam eles entre os palmares do motel palmar, conversando, não demorou para que o camionista começasse a falar de um assunto que Mila não entendesse direito ainda, elogiando seus seios de melões e tentando toca-los sem sucesso, foi tentando com mais força e mais agressividade, Mila percebeu que aquele individuo não tinha boas intenções, talvez por isso tivesse a levado para um lugar tão desértico. O camionista começou a agredi-la na tentativa de tocar em seus seios ou sabe-se lá o que mais, Mila apercebendo-se disso saiu correndo mas foi sem sucesso pois três passos depois sentiu uma pedrada na nuca e desmaiou, inconsciente sentiu movimentos violentos até que se desligou.

E assim morreu Mila, seu corpo jogado no capim entre os palmares do motel palmar, seu sangue amaldiçoado jorrando e sugado pelo solo, sujando o lugar de lazer e descanso que posteriormente tornou-se uma instituição de formação de cérebros com orientação científica.

Aqui termina o prologo, que sao os acontecimentos antes da historia, fique atento ao primeiro capitulo nos proximos dias!


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Abraços!


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Autor: Benozório Martins
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Tel. +258848732778

Comentários

  1. JOVEM, salutt, você superou minhas espectativas, muito interessante, nao para nunca, estou ansiosamente a espera da iv parte.... leitor fiel, dbungane

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