Anselmo Ralph Vs Selena Gomes
Anselmo Ralph não disse tudo!
E se eu dissesse que Anselmo não disse tudo em “A dor do cupido”, álbum de 2013; muitos diriam: -haaa está a sentir impalas que anda a tomar no “meat”; -ora haaa começou a nos encher o saco, como sempre faz quando fuma liamba.
Tomei algumas impalas na noite passada e talvez tenha fumado uns gramas de mbangue ou cheirado um pozinho, não me lembro bem, mas duma coisa tenho certeza, Anselmo Ralph não disse tudo. Neste álbum ele diz ter falado maioritariamente das coisas que doem no amor, que nós preferimos nem falar nem pensar sequer, diz ter falado de perdão, de desilusão, de traição, de amor não correspondido, ele diz que o álbum é aquela lágrima que cai, aquela dor que se sente no escuro quando o cupido investe a sua flecha com toda a esperança e sai desiludido.
Falou de todas coisas que doem no amor, mas para mim algo falta, algo que talvez supere “a dor do cupido” e que trás uma dor que talvez supere a dor de ter que perdoar alguém que vacilou feio, supere a dor de uma desilusão, de uma traição e de amor não correspondido ou que simplesmente traz uma dor que junta a dor de todas coisas.
Selena Gomes em sua recente musica “Back to you”, tentou falar um pouco deste sentimento ao dizer:
“you could break my heart in two
But when it heals beats for you”
Em uma tradução livre ela quis dizer:
“Você partiu meu coração em dois, mas quando juntados os pedaços continuam batendo por ti”
A “coisa” da qual Anselmo Ralph não falou e que para mim dói mais que tudo que falou se resume na frase acima. Uma espécie de colonização amorosa, em que a pessoa te machuca milhares de vezes mas você prefere continuar insistindo, as vezes por não querer acreditar que a pessoa tenha feito, ou por acreditar que foi um erro ainda vai se rectificar. Você prefere ficar ali assistindo a pessoa fazendo em dois seu coração e sua integridade como humano, mesmo sabendo que quando montados os estilhaços ela está lá.
O incrível é que como numa colonização politica, os mais fracos são colonizados, aqui também você a pessoa que mais gosta é que colonizada, enquanto isso a outra pessoa fica fazendo o mesmo, mais e mais vezes o que significa que lhe é satisfatório e lhe faz feliz, para ela a vida continua a andar tranquilamente e você fica totalmente a mercê dessa pessoa.
Ai você decide fazer fluir em seu sangue o amor-próprio e mandar tudo à m*rda, as vezes até consegues um pouco de felicidade e paz interior e a pessoa que era tudo, começa a ser um “tanto faz”, as coisas começam a andar, talvez conheças outro cara ou outra cara e o “tanto faz” aparece, atrapalha-te e por estar atrapalhada ficas confuso, chegas a cogitar-lhe dar uma chance, isso para os mais fracos, sendo que os mais fortes mandam lhe para merdolândia, que lá é o lugar dela!
Merdolândia, eu não sei onde fica, mas garanta que seja o lugar mais longe possível de ti!
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